Caminhoneiros aderem à greve em posto de combustíveis na beira da SP-294 em Dracena

Publicado em: 24/05/2018 10:05

Segundo o tenente da PM Rodoviária Oliveira, os atos dos manifestantes iniciaram ontem e foram pacíficos, devendo continuar hoje a partir das 7h

Por Carlos Volpi Da Redação

Caminhoneiros seguram faixa de protesto em apoio a Associação dos Caminhoneiros da Alta Paulista (Foto: Lucas Mello/JR)

A greve dos caminhoneiros que teve adesão em quase todos os Estados do País e que chegou à Nova Alta Paulista está em seu quarto dia na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), nos trechos que correspondem aos quilômetros 658 e 574, em Tupi Paulista e Osvaldo Cruz, respectivamente.

A Polícia Militar Rodoviária (PMR) divulgou ontem, 23, um balanço das paralisações. Em Osvaldo Cruz, em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, teve o envolvimento de 150 caminhões e em Tupi Paulista, também em ambos os sentidos, mas sem interdição da via, teve o envolvimento de 60 caminhões.

Ontem, 23, o movimento dos caminhoneiros se concentrou também nas margens da SP-294, no pátio de estacionamento de caminhões em um posto de combustíveis, na rotatória de acesso a Dracena.

Faixas com dizeres “Acap apóia o movimento”, “Greve” e “Motoristas de Dracena e Acap apóiam a Paralisação” foram colocadas pelos manifestantes em postes fixados no canteiro da rotatória da rodovia.

Em torno de 60 caminhoneiros de cidades de vários Estados se concentraram e apoiaram o movimento.

Um deles é o caminhoneiro autônomo Lenor Narde, que dirige desde os 21 anos nas estradas do país. Ele disse que saiu de Caxias do Sul-RS com o caminhão carregado de estruturas metálicas e que descarregou ontem, 23, em uma empresa de Dracena. “É a primeira vez que venho para o Estado de São Paulo e exclusivamente, em Dracena, sempre faço fretes para a região norte de Santa Catarina”.

Lenor assim como outros motoristas que se mobilizaram no ponto de protesto em Dracena, são contra os aumentos constantes no preço do litro do diesel, reajustes nos preços dos pedágios e a defasagem no valor cobrado pelos fretes. “Gasto em torno de R$ 50 de alimentação e fora que encho o tanque de um mil litros do caminhão com o valor de R$ 900 que dá para rodar 700 km ao dia”, explicou.

Mesmo com a carga descarregada, Leonor pretende passar mais alguns dias no posto de combustíveis em Dracena.

Eliseu Nicolai é outro caminhoneiro que apóia o movimento da greve. “Os caminhoneiros pediram para parar o veículo e eu parei”. Ele é profissional da área há 40 anos e mora em Bauru. O caminhoneiro veio de Agudos e chegou ontem, em Dracena, para descarregar uma carga de perfumaria e rações nos supermercados da cidade. Eliseu trabalha como autônomo e cobra fretes para fazer o transporte das mercadorias de uma empresa em Agudos.

“Se eles me liberarem até as 18h de hoje, 23, eu pretendo voltar para a estrada, pois, tenho que descarregar uma carga em Herculândia e Quintana”, disse Eliseu sobre não continuar no manifesto de apoio aos caminhoneiros em Dracena. 

Segundo o tenente da Polícia Militar Rodoviária (PMR), Oliveira, ontem, 23, os manifestantes se concentraram de forma pacífica no pátio do posto de combustíveis e pediam somente para parar veículos de carga.

“Não houve nenhum bloqueio da rodovia e os veículos leves eles deixavam passar”, disse o tenente Oliveira.

Ainda de acordo com o militar, cerca de 40 caminhões estavam parados no interior do posto de combustível e os caminhoneiros iriam encerrar o ato às 18h, de ontem, e retornariam hoje, às 7h.

 

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